Fernando Luís de
Oliveira Pessa, conhecido carinhosamente como Fernando Pessa, nasceu em 15 de
abril de 1902, na Freguesia de Vera Cruz, Concelho de Aveiro, onde viveu até
aos dois anos.
Foi em Penela, vila
do distrito de Coimbra, que o jornalista recebeu a instrução primária. Fez o exame
da 4ª classe em 1911, em Coimbra, onde viveu até 1921.
A mãe era natural
de São Tomé. O pai era médico militar mas, devido à falta de dinheiro, pediu
licença do exército e partiu para a colônia de São Tomé e Príncipe, deixando a
mulher e os três filhos em Portugal.
Concluídos os
estudos secundários, em que se preparara para os exames de admissão à
"Escola de Guerra", tentou o ingresso na carreira militar como
oficial de Cavalaria. Porém, como resultado da Primeira Guerra Mundial, havia
oficiais em excesso e só era admitido quem frequentasse o Colégio Militar de
Lisboa.
Antes de embarcar
na carreira jornalística, trabalhou numa companhia de seguros e num banco,
ainda em Coimbra, onde esteve pouco tempo. Em 1926 foi trabalhar para outra
companhia de seguros, no Brasil, de onde regressou em 1934.
Em 1934
candidatou-se aos quadros da recém criada Emissora Nacional, tendo ficado
classificado em segundo lugar e, como gostava de sublinhar, “sem cunhas”.
Iniciou, assim, uma carreira que nunca tinha pensado seguir. E assim
transformou-se no primeiro locutor da Emissora Nacional.
Com uma semana de
rádio, Pessa fez a sua primeira reportagem: a cobertura de um festival de
acrobacia área na antiga Porcalhota, atual Amadora.
Após quatro anos na
Emissora Nacional, foi convidado para trabalhar na BBC, em Londres. Começou por
trabalhar com sotaque na secção brasileira e só quando um colega português
adoeceu foi chamado para ler o noticiário. Neste ambiente sofreu os bombardeamentos
alemães sobre Londres e se profissionalizou e notabilizou como correspondente
durante a Segunda Guerra Mundial.
A censura e a
restrição das liberdades civis da ditadura de Antônio de Oliveira Salazar
acabaram por contribuir para o crescendo de popularidade das transmissões em
português da BBC.
Conheceu a sua
esposa, Simone Alice Roufier, uma brasileira de ascendência inglesa e
norte-americana, em Londres. Casou-se em 1947, no novo regresso a Portugal.
No regresso a
Lisboa, em 1947, a sua reentrada na rádio Emissora Nacional foi vedada por
influência do regime, sendo forçado a voltar ao ramo dos seguros. Nesta época
também fez dobragens de filmes e documentários, nomeadamente O Último Temporal
- Cheias do Tejo e Portugal já faz automóveis, do cineasta Manoel de Oliveira.
Acabou por participar do Plano Marshall de ajuda econômica à Europa, quando
Portugal se envolveu.
Rua Augusta,
Lisboa. Foi nas pequenas reportagens sobre situações do quotidiano,
principalmente da cidade de Lisboa, que a expressão “E esta, hein?” de Fernando Pessa se tornou popular.
Depois da
notoriedade enquanto repórter de guerra na BBC, realizou a primeira emissão em
direto da RTP, em 7 de Março de 1957, na Feira Popular de Lisboa.
Entrou para os
quadros da RTP apenas a 1 de Janeiro de 1976, já com 74 anos.
A célebre expressão
“E esta, hein?” marcou a sua carreira
como repórter televisivo. A expressão surgiu como substituto dos palavrões que
tinha vontade de dizer quando denunciava situações menos agradáveis do
quotidiano do país nos seus "bilhetes postais". Neste contexto, era
por vezes criticado por privilegiar nas suas sátiras os políticos cuja
ideologia não partilhava, poupando em geral os que pudessem ser conotados com a
esquerda.
Pelo seu trabalho
como correspondente da Segunda Guerra Mundial, Fernando Pessa foi distinguido
com a Ordem do Império Britânico. E, em Portugal, a 13 de Julho de 1981, o
Presidente da República, Ramalho Eanes, atribui-lhe o grau de Comendador da
Ordem do Infante D. Henrique, e, a 10 de Junho de 1991, o Presidente da
República, Mário Soares, atribui-lhe o grau de Grande-Oficial da Ordem do
Mérito.
Na sua família,
também foram agraciados o Coronel Adriano Luís de Oliveira Pessa, Comendador da
Ordem Militar de Avis a 28 de Junho de 1919 e Comendador da Ordem de
Benemerência a 1 de Julho de 1933, o Primeiro-Tenente Álvaro Luís de Oliveira
Pessa, Oficial da Ordem Militar de Avis a 5 de Outubro de 1933, e o Major
Custódio Luís de Oliveira Pessa, Comendador da Ordem Militar de Avis a 5 de
Outubro de 1926.
Fernando Pessa,
nasceu em 15 de abril de 1902, na Freguesia de Vera Cruz, Concelho de Aveiro. Reformou-se
em 1995, portanto, trabalhou até os 93 anos de idade e desencarnou em 29 de
abril de 2002, no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, poucos dias depois de
completar cem anos.
Hoje como espírito
liberto da matéria, atuando na plêiade do Astral Superior, proporcionando a todos
a ternura de nos abastecer com salutares ensinamentos de que devemos viver as
duas vidas paralelamente, a material e a espiritual. Vejamos esta doutrinação
de gratidão a vida, explanada em nossa Filial Seixal do Racionalismo Cristão.
“Nada acontece por acaso, assim dita o
Racionalismo Cristão! É um fato e o digo assim porque tinha de chegar o dia em
que havia de transmitir-vos, de viva voz, através de um dócil instrumento,
diferente daqueles a que eu estava habituado com os meus utensílios de
trabalho, dizendo-vos o que fui, o que senti e o que me vai de felicidade nesta
hora de intercomunicação com todos vós. É certo que já vos venho acompanhando
há algum tempo, mas tudo, como acabei de dizer, tem a sua hora certa e ela,
caros amigos, é chegada.
Um espírito que pode viver as quatro fases da vida,
tendo a felicidade de estar em perfeitas condições mentais, tendo tido a
possibilidade de se manifestar através da escrita, da palavra falada a viva
voz, pela radiodifusão, pelas imagens televisivas, poder comentar fatos ocorridos
na guerra mundial na primeira metade do século passado, tendo tido
possibilidades de viver em diversos pontos do país e até de ter conhecido o
estrangeiro, posso dizer que realmente fui um privilegiado. Não digo sorte uma
vez que sorte não existe, mas soube tirar partido da vida que tive oportunidade
de viver.
E era essa oportunidade de viver que eu gostaria que todos vós
soubésseis também aproveitá-la. Porque caros amigos, como é bom, ao
desencarnar, poder-se ter consciência de que se cumpriu com o dever, que se
deixou algo para a posteridade, que se deu exemplos diversos, muito embora por
algumas vezes eu tivesse a consciência de que muitas pessoas achavam que,
talvez pela minha idade avançada, já estivesse um pouco decrépito, mas outras,
mais conscientes, sabiam que era a minha forma de contatar, era a minha forma
de comunicar, era a minha forma de dizer que o humor é algo que se deve
cultivar.
E até as crianças muitas vezes ao meu redor em tantos
pontos da Lisboa antiga me olhavam, me reconheciam, me falavam e até sorriam
quando eu para elas olhava, falava ou apontava o caminho.
Caros companheiros, já deveis ter percebido quem está,
neste momento, espiritualmente, falando com vocês. Realmente fui um jornalista,
fui um homem do povo, fui um homem que viveu, fui um homem que venceu e fui um
homem que hoje, em espírito, convosco quer continuar talvez a passar-vos um
pouco desse humor que tanto fez parte da minha vida.
Encerrai a sessão em nome do vosso Presidente Astral e
ficai com as minhas irradiações espirituais, com vontade que um sorriso paire
em todos vós, neste momento que vou partir”.
Além de jornalista,
foi um poeta, escreveu o Fado Final
que está escrito no Livro Peça por Pessa
FADO FINAL
Por tantas vezes ter ido à Severa
Eu, que era simplesmente um locutor
Sinto-me agora, embora muito bera,
Do fado, um terrível cantador
E quando p’rà cova for por destino,
Em ‘squife bizarro vou nesse dia
Irei num caixão super-heterodino
Do feitio duma telefonia!
À cabeceira a servir d’almofada
Levarei um transmissor d’onda curta!
Co’a feita em pó, cinza, terra e nada
Ninguém a ouvir-me, creio, se furta
E então, lá de longínquas paragens
Eu vos falarei nas noites de inverno
Fazendo divertidas reportagens...
Só não sei se do Céu...se do Inferno!
(Música: Do Fado do Marceneiro
Letra: Fernando Pessa)
CONVITE
Aos Jovens
e benfazejos portugueses,
Nós
estudiosos da Doutrina Racionalista Cristã, continuadora da obra de Jesus,
dedicada ao esclarecimento da humanidade, fundada por vossos filhos mais
ilustres, os benfeitores e humanistas Senhores Luiz Alves Thomaz e Luiz José de
Mattos, convidamo-vos a assistirem às nossas reuniões espiritualistas
em uma de nossas Casas mais próximas, Aveiro, Lisboa, Porto, São João da
Madeira, Seixal e Viseu,
que acontecem as 2as, 4as, e 6as feiras, das 20,00 às 21,00 horas, as
portas ficam abertas entre as 19,20 e as 20,07 horas. A
entrada é franca e todos serão bem-vindos!
Filiais
Aveiro
Rua
da Bela Vista, 59
Cabo
Luís - Esgueira
3800
- Aveiro - PORTUGAL
Presidente:
António Lino Pinto dos Santos
As reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam às 20 horas e terminam às 21 horas. As portas são abertas ao público a partir das 19h20min. Entrada franca.
Praceta
Professor Francisco Gentil, Lote 6-A
2620-096
Póvoa de Santo Adrião
Lisboa
- PORTUGAL
Presidente:
Maria do Céu Almeida Martins de Sousa
As
reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam
às 20 horas e terminam às 21 horas. As portas são abertas ao público a partir
das 19h20min. Entrada franca.
Campo
24 de Agosto, 174-A
4300-505
- Porto - PORTUGAL
Presidente:
José Rabaca Carmezim
As
reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam
às 20 horas e terminam às 21 horas. As portas são abertas ao público a partir
das 19h20min. Entrada franca.
São
João da Madeira
Edifício
Corgalta
Rua
Eng. Arantes de Oliveira, 862 - Piso 1 - Sala 26
3700
- São João da Madeira - PORTUGAL
Presidente:
Luís Moreira Barbosa
As
reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam
às 20 horas e terminam às 21 horas. As portas são abertas ao público a partir
das 19h20min. Entrada franca.
Praceta
Gomes Leal, nº 1 A e B
Quinta
do Rouxinol
2855-220
Corroios - Seixal - PORTUGAL
Presidente:
Antão José Lopes da Luz
As
reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam
às 20 horas e terminam às 21 horas. As portas são abertas ao público a partir
das 19h20min. Entrada franca.
Viseu
Rua
Nova da Balsa Bloco A Cave Esq. - Fr. V
Largo
do Jornal - Bairro da Balsa
3510-007
- Viseu - PORTUGAL
Presidente:
Aurélio Manoel Cardoso e Silva
As
reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam
às 20 horas e terminam às 21 horas. As portas são abertas ao público a partir
das 19h20min. Entrada franca.
Correspondentes
Ilha
de São Jorge - Velas
9800
- Ilha de São Jorge - AÇORES
Presidente:
Manuel Ambrósio Pedroso
As reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam às 20 horas e terminam às 20h30min. As portas são abertas ao público a partir das 19h20min. Entrada franca.
Travessa
de São João, 11 - Lagoa
9560
- Ilha de São Miguel - AÇORES
Presidente:
Horácio Teixeira Machado
As
reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam
às 20 horas e terminam às 20h30min. As portas são abertas ao público a partir
das 19h20min. Entrada franca.
Olhão
Rua
do Gaibeu, 46 ap. 447
8700
- Olhão - PORTUGAL
Presidente:
Artur Gonçalves de Souza
As
reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam
às 20 horas e terminam às 20h30min. As portas são abertas ao público a partir
das 19h20min. Entrada franca.
Setúbal
Travessa
das Viçosas, 10 - 1º andar
2900-663
Setúbal - PORTUGAL
Presidente:
Edmundo dos Santos Mota
As
reuniões públicas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Começam
às 20 horas e terminam às 20h30min. As portas são abertas ao público a partir
das 19h20min. Entrada franca.
Poderá
gostar de conhecer: