Íamos numa missão de paz - Sophia de Mello Breyner

Reflexo: - Íamos numa missão de paz. Éramos 20 e a missão foi abortada por uma intervenção terrorista. O que queríamos fazer não foi efectuado, acabamos por cair nas mãos de quem não devíamos e hoje estamos aqui para seguir para o nosso mundo.

Doutrinação: - É muito triste a situação que se vive no mundo. Parece que o homem perdeu a capacidade de distinguir o bem do mal. É o Mal a querer destruir tudo. Há absoluta necessidade de uma rápida remodelação da mentalidade reinante. Os homens têm que se tornar mais humanos na forma e muito especialmente no fundo.


Há muito sofrimento e quando os homens de bem se decidem a fazer algo para minorar esse sofrimento, por vezes, acontece ser-lhes barbaramente cerceada a vida neste mundo.

No entanto os homens que desejam fazer o bem não se devem intimidar a dar prosseguimento às suas boas acções.

A missão foi abortada devido à ignorância e muita malvadez, mas como espírito todos ganharam muito e vão fazer essa constatação nos vossos mundos de luz de onde continuarão a irradiar pelo sucesso de outros que, como vós, pretendam fazer o bem sem olhar a quem.

ASTRAL SUPERIOR
SOPHIA DE MELLO BREYNER

Felizes daqueles que como vós, que fazeis parte da organização desta Casa, tendo os pés bem fincados no chão, o pensamento elevado às alturas, querendo o bem geral da humanidade, sem receios, sem descurar os vossos deveres materiais que, convenhamos, também são necessários e a todo o custo, mas com todo o gosto, como sublime gesto de amor, vindes a esta Casa para dar uma palavra de carinho, a todos que precisam de a ouvir.

Àqueles que já não pertencem ao mundo Terra, àqueles que não estudam mas necessidade têm de aprender, àqueles que para além de aprenderem terão um dia de seguir os vossos passos e agarrarem a bandeira do Racionalismo Cristão, qual baluarte da paz, imaginai a estação estival, pleno verão, tudo é belo, as searas reluzentes sob o Sol, esperam a foice para que seja colhido o trigo, o feno, tudo o que nos campos está brotando, está crescendo.

Vós, uma grande parte, estais por assim dizer, nessa estação estival. Comparando a vossa idade, outros já mais perto do Outono se conduzem para a derradeira estação. Porém, todos vós, conscientes do dever a cumprir, muito tendes a ensinar. E que belo seria que os jovens que passam a estação estival, também lendo, jogando na praia, fazendo mergulho ou outro desporto qualquer, chegassem ao fim da estação com vontade até de agarrar nos livros, estudar e seguir em frente. Assim realizavam-se e poderiam ensinar àqueles que mais tarde vierem depender deles.

Lembrai-vos, os mais velhos, que tendes a obrigação de ensinar e sabemos que aqueles que fazem parte dos trabalhos desta Casa, disso estão conscientes. Mas não se esqueçam os mais novos, de que todo o velho, que muitas vezes pensais que já não raciocina como deve ser, todos eles, quando souberam bem conduzir suas vidas físicas durante as suas estadas neste mundo, muito têm a vos ensinar.

Para terminar quero lembrar-vos dum simples cacho de uvas que quando nasce de terreno bem tratado, bem fertilizado, amadurece, sacia a fome e a sede e se não for colhido, os bagos vão ficando enrugados, mais doces, mas não se estragam. São como os velhos sábios! Aqueles que têm sempre algo a ensinar, as rugas sulcam seus rostos mas seus cérebros têm muito a vos transmitir.

Com as minhas irradiações espirituais, fervorosas, para que todos vós, velhos e novos, saibais viver plenamente.