Vida de mulher - José Cardoso Pires

Reflexo: - Comecei a minha vida de mulher com 15 anos. Tive 27 filhos. Ninguém acredita mas é verdade. A cada filha dei o nome de uma flor. Foi o meu jardim… Reguei uma a uma com bastante carinho e dei-lhes muito amor. Hoje tenho 99 anos e estou rodeada de toda a família.

Doutrinação: - Suavemente abandonaste aquele corpo rodeado de familiares a tentar retribuir todo o carinho que lhes tributaste. Nós que não te conhecemos sentimo-nos felizes por termos tido a felicidade de ouvir a tua manifestação e de também sermos bafejados pelo perfume que já te envolve.

Numa época em que se vem demonstrando pouco respeito pela elevadíssima função da maternidade, ouvir um espírito que, quando ainda no seu mundo, escolheu vir ser mulher e deu, à saciedade, o exemplo de trazer à luz do dia os filhos que concebeu, é algo de maravilhoso.

A mulher é vista por nós, no Racionalismo Cristão, como o elo de ligação entre o plano físico e o plano espiritual. É ela que dá a oportunidade aos espíritos de vir satisfazer a imperiosa e superior necessidade de reencarnar e, por conseguinte, de alcançar maior evolução.

No teu caso particular foi importante ter conseguido, com uma família tão numerosa, uma convivência tão harmoniosa. Houve uma bela oportunidade de intercâmbio de conhecimentos, na medida em que os espíritos que encarnam no mesmo meio familiar são de variadas categorias espirituais e todos muito têm a aprender uns com os outros.

Reflexo: - Ouvi esta última manifestação mas não posso dizer-vos o mesmo. Não quis ser mãe nem quis casar-me. Sempre que me engravidava interrompia voluntariamente a gravidez. Lamento muito a vida que tive e sei que errei mas estou disposta a pagar pelos meus desatinos.

Doutrinação: - A questão do aborto vem suscitando muita polémica no mundo inteiro e, como não podia deixar de ser, também neste país.

Tendo em atenção a situação cada vez mais difícil em que o chefe de família vive apreensivo para criar e educar a prole, é plenamente justificável que se opte pela limitação do número de filhos, mas desde que feita de modo racional e científico que não ponha, portanto, em causa a saúde da mulher.

Assim, nunca aceitamos o aborto criminoso, muitas vezes também ilegal. Infelizmente algumas mulheres vêm levando uma vida dissoluta, irresponsável, contando com o recurso ao aborto. Noutros casos mulheres casadas, com ou sem problemas financeiros, não querem porque não querem que a gravidez chegue ao termo.

Por isso a nossa Doutrina, que só aceita o que não vai contra a razão e o bom senso, independentemente de questões de natureza religiosa, moral, social e outras que vêm envolvendo esta problemática, não é tão radical nem extremista como algumas religiões que em caso algum aceitam o aborto. Também com aqueles que defendem a liberalização, incondicional dessa prática, sem uma razão minimamente aceitável, não nos podemos alinhar.

O homem é chamado de “ser racional” precisamente porque é dotado de raciocínio. Mas para além da faculdade de raciocinar é dotado do livre arbítrio, atributo que lhe permite praticar os actos que bem entender mas que também lhe responsabiliza pela boa ou pela má acção praticada.

Dizíamos, por conseguinte, que não aceitamos os extremos, achando razoável, que se pratique o aborto apenas nos seguintes casos:

1. Quando o prosseguimento da gravidez é susceptível de pôr em perigo a vida da gestante ou do nascituro; e

2. Nos casos em que a gravidez tenha sido resultante de estupro.

Hoje, graças aos avanços da ciência, os casais têm à sua disposição modernos processos para um planeamento familiar racional e científico.

Como doutrina essencialmente espiritualista não podemos deixar de lembrar que os espíritos precisam de reencarnar. A reencarnação é uma das leis universais.

E como se processa essa reencarnação? O espírito, decidido a reencarnar, escolhe a família, especialmente a mãe carnal, liga-se ao feto pelos cordões fluídicos no terceiro mês da gestação. Ele fica de fora do corpo da mãe até à formação completa e expulsão do seu corpo. Após essa expulsão é que o espírito se apossa do corpo e o faz actuando pelo lado esquerdo, com cordões fluídicos ligados ao cérebro e ao coração. É o momento em que habitualmente o bebé chora. Ele está completo para a vida terrena, com os seus três corpos:

Material
O corpo astral, que é formado pela vida intermédia, também denominada fluido nervoso ou vida anímica;
e
O corpo físico ou carnal, formado de vidas inferiores, e que serve de alambique depurador ao espírito.

Espiritual
O corpo mental que é o espírito ou alma.

Antes de o corpo sair do útero não tinha vida superior. Tinha vida inferior e vida intermédia, inconscientes, inteiramente materiais.

De acordo com as leis que regem o universo, todo aquele que transgredir, fazendo mau uso do livre arbítrio, terá que responder por essa transgressão, daí que esse espírito que acabou de se manifestar, depois de recuperar a lucidez no seu mundo de luz, irá saber a que sofrimentos se sujeitar na próxima ou noutra encarnação futura.

ASTRAL SUPERIOR
JOSÉ CARDOSO PIRES

Aqui estamos nós nesta Casa cheia de luz, maravilhosa! Conseguimos trabalhar convosco visto que vocês estão em sintonia connosco porque somos o Astral Superior.

A doença nada tem a ver com a espiritualidade. O mal do físico é mal do físico, trata-se indo aos médicos e nós intuímos a muitos médicos, a muitos cirurgiões para que eles possam tratar doenças físicas, mas doenças psíquicas não são tratadas com os médicos mas sim nesta Casa onde se pratica o Racionalismo Cristão.

Aqui se encontram muitas pessoas com problemas psíquicos mas não é preciso ter medo, elas são tratadas. Muitos dos presentes poderiam também estar nesta mesa a trabalhar como vos foi intuído, por isso não precisam de ter medo. Tenham força espiritual, vão em frente, por isso temos um presidente físico que vos pode orientar. Ele recebe as nossas intuições. Assim é e assim será porque as leis que regem o Universo continuam e ninguém as pode modificar.


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