Fui pouco esperta - Celeste Vasconcelos

Reflexo: - Fui pouco esperta, pois estou certa de poder dizer esta palavra depois de notar tudo que aconteceu comigo. Efectivamente, era a terceira filha de um casal que queria que seus filhos tivessem uma enxada para poderem ganhar a vida. Para isso íamos
à escola e achavam que nós tínhamos o dever de no fim do ano, como contrapartida do esforço dispendido, lhes darmos a alegria de termos passado de ano.

Efectivamente meus irmãos assim fizeram, mas eu a partir de uma determinada altura achei desnecessário estudar. Achava que me cansava. É certo que a minha saúde talvez não fosse como a deles e a minha própria memória fosse mais fraca, mas podia ter feito um esforço maior e sei que fugi a esse esforço.


Por isso me responsabilizo a mim própria por ter tido um futuro infeliz. Ao ver meus irmãos com uma vida mais ou menos correcta conseguindo ganhar o sustento, aventurei-me pelo caminho ingrato dos estupefacientes.

Nessa linha, apareceu um rapaz a quem me liguei, e passamos os dois a fazer nossa vida praticamente a comando dessa maldita droga. Ele morreu com uma “overdose” e eu não lhe resisti. Embora sem “overdose” o que é certo é que fui piorando cada vez mais, enganavam-me a torto e a direito e na beira das estradas apanhavam o pouco dinheiro que eu tinha e acabei como um farrapo humano.

Doutrinação: – Bem legítima a preocupação dos teus progenitores. Quererem para todos os filhos um meio de ganharem o pão-nosso de cada dia, de forma honesta. Como havia posses, queriam que todos estudassem e em contrapartida o dever dos filhos que vão à escola é trazer o diploma de passagem de ano.


Não é isso o que todos os pais conscientes dos seus deveres deverão querer dos seus filhos? Felizmente, embora tardiamente acabaste por lhes dar razão.

Eles cumpriram com os seus deveres e tu, em vez de te esforçares garantindo um melhor futuro, ao mesmo tempo que davas a merecida alegria aos teus pais, depuseste as armas, dando-te por vencido, antes mesmo de iniciares a verdadeira luta pela vida, como era teu dever.

A vida é de lutas e ninguém se deve furtar a essa luta determinada pelas leis naturais que regem este mundo. Ao seguir por um caminho tortuoso, que é o das drogas, fizeste mau uso do teu livre arbítrio. Ora, todo aquele que optar por contrariar as leis naturais, está contraindo débitos que terão irremediavelmente que ser resgatados com o sofrimento nesta ou numa encarnação futura.

Com tantos exemplos à vista de todos, a juventude, com a sua inteligência peculiar, já devia ter percebido que a droga não leva a nada a não ser ao sofrimento, à destruição do corpo físico de que tanto precisa o espírito para a sua permanência neste plano físico.


Os traficantes, os produtores também muito terão de sofrer pelo mal que vêm causando à juventude e não só. Espíritos que muito poderiam fazer para o progresso em geral desencarnando prematuramente, sem nada fazerem daquilo a que se propuseram quando ainda em seus mundos de luz.

Esperemos que depois desta tempestade venha a bonança. Que os educadores saibam fazer ver aos jovens qual o melhor caminho a seguir na caminhada por este mundo. Mas para isso terão eles próprios de saber qual a razão da presença do ser humano neste planeta inferior.

Escolas para ensinar tudo isto já se encontram abertas à espera que suas casas se encham, não apenas de curiosos mas também de criaturas interessadas em estudar e pôr em prática os Princípios explanados pelo Racionalismo Cristão, Doutrina filosófico-espiritualista baseada em Força e Matéria, únicos elementos constituintes do Universo e dos quais tudo deriva e tudo se explica.

ASTRAL SUPERIOR
CELESTE VASCONCELOS

É pena que, realmente, o mundo Terra ainda se encontre da forma como estais vendo. As guerras grassam por toda a parte, os homens, em vez de se espiritualizarem, gastam os poucos momentos que têm para tal, estudando novos planos para novas guerras, alguns até sem necessidade de o fazerem, pois, já poderiam entregar-se mais à vida espiritual, a uma ajuda a outros mais novos que poderiam aprender com eles, pois têm muitas lições a dar, mas o desejo de continuarem fortes no campo de batalha, enfrentando lutas ou comandando tropas, fá-los não dedicarem esses preciosos minutos que perderiam a ensinar àqueles que lhes poderiam seguir com mentes mais esclarecidas e, portanto, prontos a darem uma reviravolta nessas guerras mesquinhas.

Contudo, os racionalistas cristãos autênticos sabem que o mundo Terra enfrenta e enfrentará ainda por muitos e longos anos os problemas que já enfrentou no passado.

Infelizmente o homem demora a capacitar-se do que é necessário fazer e essa modificação, quando vier, embora venha sempre a tempo já será depois de muitas desencarnações prematuras.

Por isso apelamos a todos que nos ouvem a ocuparem-se, a fazer-se ouvir através da palavra ou da escrita, que ensinem àqueles mais novos ou até não tanto assim mas que precisam de uma palavra amiga para poderem aprender a discernir para se capacitarem de que a luta não é tudo na vida da criatura. A luta só é boa quando é para melhorar o mundo, para melhorar uma enfermidade, para melhorar, enfim, o bem comum da humanidade em geral.

Há que haver espírito de sacrifício, como ouvistes há dias, espírito de renúncia e também o espírito de abnegação que hoje em dia se torna muito raro mas é tão necessário a todos os seres.


Casas Racionalistas Cristãs espalhadas pelo mundo