Quando era pequeno via, ouvia e falavam comigo - José Braz

Reflexo: - Quando era pequeno dizia à minha mãe que via, ouvia e falavam comigo. Ela não acreditava e batia-me. Cheguei aos vinte anos sem conseguir estudar, só dormia e fugia de casa. Internaram-me num estabelecimento psiquiátrico. Com 35 bebi formol e aqui estou.

Doutrinação: - A finalidade do Racionalismo Cristão é esclarecer, espiritualmente, a humanidade. Se a tua mãe fosse um ser esclarecido compreenderia o fenómeno que se passava contigo, manteria o lar higienizado com a prática da limpeza psíquica, teria o cuidado de manter o pensamento sempre elevado e saberia preparar-te para enfrentares a vida, sabendo conviver com a mediunidade da vidência e auditiva que possuías bastante desenvolvida, para além da intuitiva comum a todos os seres. Faltou-te esse ambiente propício e em vez de utilizares essa faculdade para um melhor aproveitamento da tua jornada terrena, acabaste por desencarnar prematuramente e da triste forma como foi.


A arma que trouxeste para garantir um melhor aproveitamento da encarnação, por não ter sido convenientemente utilizada, apenas serviu para o teu estacionamento, como espírito.

Todos devem pautar suas vidas conforme ensina o capítulo da obra básica do “Racionalismo Cristão” que trata das regras normativas do comportamento, mas o conhecimento e especialmente a prática desses princípios racionais e científicos são indispensáveis aos portadores da mediunidade desenvolvida.

A mediunidade é uma faculdade do espírito, muito séria, e devia ser estudada e acarinhada por todos. Infelizmente a ciência oficial ainda não a reconhece como tal e por isso a infelicidade de muitos seres. A maioria da população das penitenciárias e dos manicómios é constituída por seres possuidores de mediunidade muito desenvolvida. Com o conhecimento certo e seguro do mecanismo desse atributo, muitos crimes não teriam sido cometidos e a sanidade mental tomaria o lugar da demência cada vez em maior número.

Quase todas as crianças são videntes, mas gradualmente essa qualidade se vai esfumando e desaparece por volta dos dez, onze anos, mas quando persiste, há que se redobrar os cuidados.

Nos estudos empreendidos pelo fundador desta Doutrina, Luiz de Mattos serviu-se de dois netos, ainda crianças, possuidores da mediunidade da vidência e que lhe narravam e descreviam o que viam, tendo feito descrições de parentes que desencarnaram, havia muito tempo, e de quem nunca tinham ouvido falar, não havendo sequer fotografias em casa.

ASTRAL SUPERIOR
JOSÉ BRAZ

Apenas quero dizer algumas palavras antes da vossa última comunicação doutrinária de hoje, alertar-vos para a necessidade imperiosa que se faz de uma concentração firme, com o pensamento elevadíssimo, o que nós sabemos, com boa vontade, podereis conseguir.

Realmente é muito difícil viver no ambiente terráqueo e o Astral Superior, constituído por espíritos de diversas classes, muitas vezes tem dificuldade em baixar, pois a atmosfera da Terra é muito densa e pesada.

Acompanhámos um espírito ao seu Mundo de Luz, tendo acabado o seu trabalho em mundos opacos e realmente quem pudesse ver o trabalho desenvolvido por um espírito, quando resolve fazer isso, é algo de extraordinário. Portanto, irradiai algumas vezes mais porque o mundo está deveras conturbado.

Nota: O próprio espírito conduzido ao seu mundo, conforme explicado acima, estava pronto para se manifestar, mas o desenrolar dos trabalhos espirituais tal não permitiu, daí a comunicação de José Braz.

ASTRAL SUPERIOR
JOSÉ CARDOSO PIRES

Queridos Companheiros de lutas e, por que não dizer, de alegrias também. As alegrias maiores, essas que são constituídas apenas de espiritualidade pura e simples.

O racionalista cristão autêntico sabe como se portar, fá-lo com dignidade e procura em qualquer circunstância elevar-se e ajudar os outros a elevarem-se também.

Certo é, porém, que no mundo em que estais vivendo essa disponibilidade para uma irradiação elevada tem necessidade de ser redobrada. O mundo está conturbado! Vou-vos dar um exemplo. Sabemos que não é fácil poder transmitir-vos uma imagem que não estais vendo, mas talvez possais imaginá-la.

Imaginai o planisfério, como um mapa com diversas ilhas quase encostadas umas às outras, separando-as apenas um cordão que se assemelha a uma forte energia que se alguém se aproximasse dele, automaticamente seria electrocutado. No meio de cada um desses círculos que comparamos a ilhas há diversos quadros representativos de acontecimentos e acima desses quadros há também diversos tipos de atmosfera.

Se, num círculo é possível imaginar-se alguém sentado e acorrentado, que está preso, muitas vezes até com a boca tapada, noutro círculo, espíritos já desencarnados incapazes de se levantarem por não terem a percepção daquilo que lhes aconteceu. Noutro, podereis imaginar alguém que teve que dar a sua palavra de ficar mudo e nada contar porque outras pessoas, políticos ou de cargos altos em diversos postos de diversas hierarquias assim o obrigaram, para que jamais se soubesse a corrupção que havia a encobrir. Noutros, as guerras, noutros tempestades e assim em diante, podereis fazer ideia de um grande mapa da cena global.

Imaginais, certamente, agora que numa atmosfera dessas com tantos altos e baixos se torna muito difícil que certos espíritos do Astral Superior possam baixar a uma corrente fluídica.

Por isso dizemos que tudo vem a seu tempo e de facto assim será. Tudo virá a seu tempo, mas para que esse tempo venha, é necessário o trabalho de todos, é necessário que se divorciem da inveja, da preguiça, da cobiça, de todos esses factores negativos que atormentam a humanidade e não deixam o progresso seguir em frente.

É realmente muito triste para aqueles que têm a percepção real daquilo que está acontecendo e sabemos que nem todos estão a esse nível. Contudo, se cada um de vós quiser fazer, um bocadinho que seja, certamente enriquecereis as fileiras daqueles que correm rumo a uma paz tão almejada.