Terei que pagar pelos meus erros - Isabel Candeias

Reflexo: - Custou-me muito chegar aqui. Imprimi muita força para não vir. Entretanto verifiquei que ela de nada serviu. Obrigaram-me a entrar, pois, embora tenha vindo a acompanhar alguém, ao chegar à porta já não queria entrar. Simplesmente fui obrigado, mas depois de aqui estar, não maldigo este momento, embora também não saiba se foi muito bom ter entrado, pois estou consciente que errei bastante e certamente terei que pagar pelos meus erros e isso, por certo, vai ser muito doloroso. Diferente daquilo que sempre me prometeram mediante as confissões e as penitências que me eram impostas.

Doutrinação: - Os espíritos do Astral Superior não intervêm no livre arbítrio dos encarnados, mas têm o dever de coarctar o dos desencarnados que pululam na atmosfera da Terra. Foi o que aconteceu contigo. A tua vontade de querer ficar lá fora, que teimavas em fazer prevalecer, foi-te cerceada, para poderes colher os benefícios desta corrente fluídica.

Por desconhecimento da vida real, muitos espíritos desencarnam e ficam a deambular na atmosfera da Terra, no astral inferior, a imiscuir-se na vida de amigos e parentes que os atraem com pensamentos afins. Enquanto permanecerem nessa situação não só acumulam mais débitos para serem resgatados, através do sofrimento, em encarnações futuras, como atrasam o seu progresso espiritual. Na ilusão de uma “boa vida” nesse plano astral, se não fosse permitida às Forças do Bem intervir na vontade desses espíritos, teoricamente ficariam para sempre no astral inferior, o que contrariaria as leis do progresso.

Este elemento que acabou de se manifestar já tem a consciência dos muitos erros praticados e, lá no fundo, tem a percepção de que terá de os resgatar com o sofrimento e que de nada lhe serviram as confissões feitas e muito menos as penitências a que foi sujeito.

Todo aquele que quer sofrer o mínimo possível nesta ou em encarnações vindouras, faça bom uso do seu livre arbítrio, não cometa erros contra si nem contra terceiros. A faculdade do livre arbítrio nos distingue dos animais, ditos irracionais. A partícula da inteligência universal que anima e movimenta esses seres não tem a faculdade de liberdade plena de acção, tanto para o bem quanto para o mal, agem por instinto, e por isso não serão responsáveis por aquilo que fizerem. Liberdade implica responsabilidade pelos actos que cada um praticar. Daí, os que se dão ao trabalho de raciocinar, chegarem à conclusão de que nada valem as confissões e as penitências que certas religiões impõem. Por esta razão ensina o Racionalismo Cristão que, quem bem faz para si o faz e quem mal faz, para si o estará fazendo.

Ninguém tem a capacidade de se furtar à reparação dos erros praticados.

ASTRAL SUPERIOR
ISABEL CANDEIAS

Há um dito popular que traduz com veracidade algo que deve ser muito bem pensado. “O homem não se mede aos palmos”.

É de facto verdade, que o homem se deve medir pelas suas qualidades morais, pela sua maneira de viver e agir, pela sua maneira de ensinar os filhos ou aqueles que estão a seu cargo, a forma correcta de viver, sem alardes de riquezas, sem vontade de maltratar o semelhante, para conseguir remunerações mal ganhas, enfim, tanto haveria a dizer.

Realmente, a grandiosidade está na forma espiritual de viver e não na riqueza material, de querer mostrar ao mundo o que conseguiu ou o posto que exerce no momento. Sabe-se que na vida tudo é passageiro e cada um deverá viver o mais possível, mas procurando tirar daí também o melhor proveito de que for capaz. Sendo assim, muito deveriam pensar, raciocinando a melhor maneira de agir, deixando de jogos mesquinhos, de brincadeiras que muitas vezes acham graça mas não têm graça, absolutamente nenhuma, como por exemplo as corridas desenfreadas de carros e motos que matam pessoas, indiscriminadamente, muitas das quais sem sequer terem culpa alguma, filhos que, muitas vezes, acompanham os pais e são apanhados na estrada da morte.

Portanto, grandioso é aquele que sabe viver, que tira o rendimento devido, da sua maneira de viver o mais feliz possível e não aquele que quer aparecer, fazer-se de grande homem quando afinal não é mais do que se pode até chamar de farrapo humano.

Quantos alcoólicos, quantos drogados querem mostrar o seu saber, quando ao fim e ao cabo, não têm nada a mostrar, nenhuma mensagem a passar.

ASTRAL SUPERIOR
JOSÉ CARDOSO PIRES

Caros companheiros de Doutrina! Vós que estais enveredando o caminho da espiritualidade numa Casa aberta ainda há pouco tempo, estais porém conscientes de como a Doutrina deve ser encarada, qual é o valor do pensamento bem elevado, irradiado para o bem e o valor de cada ser ao estar nesta Casa, estar completamente livre da vida material.

Alguns perguntarão: “como poderemos fazer isso se ainda estamos encarnados?”. Aqueles que já têm mais conhecimentos da Doutrina sabem que uma vez entrada a porta não deverão nunca pensar em algo material que se passe fora da Casa.


Sempre advertimos e, muitas vezes nos repetimos, mas creiam que nunca é de mais dizer, que é sempre oportuno a pessoa encarnada aprender a comportar-se como mandam os princípios doutrinários, guiando-se pelo seu livre arbítrio, procurando desenvolver os atributos que já trazem em si quando vêm encarnar e que já fazem parte do acervo espiritual de encarnações pretéritas e procurar desenvolver outros que ainda estejam apenas começando a aflorar.

Há que aprender a conhecer as intuições, aproveitar as oportunidades, mas que isso seja feito de maneira útil, terão que saber discernir muito bem entre o bem e o mal. Se a intuição é desenvolvida num ambiente de serenidade, de consciencialização para o bem ela deve ser seguida e aproveitada. Mas se o ambiente de onde acabastes de sair não era o mais correcto, pensai bem antes de procurardes seguir a intuição, porque ela tanto vos pode conduzir ao bem como ao mal, daí terdes que estudar os Princípios, analisardes os sentimentos, os pensamentos e saberdes agir sempre na corrente do bem.

Com as minhas irradiações espirituais, ireis encerrar a sessão em nome do vosso Presidente Astral António Cottas e de mim tereis sempre as minhas elevadas irradiações.