A luz astral faz despertar as consciências - José Cardoso Pires

Reflexo: - Enquanto estava lá fora sentia-me satisfeito e pensava que tudo correria como deveria de ser. Mas, ao chegar aqui, não é revolta, mas sim uma melancolia como que um remorso de algo que não tenha feito.

Doutrinação: - Com a vida puramente instintiva, materializada, que a maioria leva, estamos em condições de garantir que muitos dos deveres ficam por cumprir.

Como afirmamos, a luz astral faz despertar as consciências. Enquanto lá fora nem te davas ao trabalho de raciocinar sobre quem eras, o que foi a tua vida de encarnado e qual seria o teu futuro, entrando nesta Casa cheia de luz e fluidos superiores, tu, como espírito, foste envolvido e, como não podia deixar de ser, tua consciência começou a despertar, a deixar a letargia em que tinhas vivido, enquanto encarnado, neste mundo físico e mesmo depois de teres abandonado o veículo que devias ter utilizado para alcançares maior evolução.

Observa bem e repara na luz a que nos referimos há pouco e que nada tem a ver com as luzes deste planeta que são puramente materiais. Essa luz que espanca as trevas da ignorância espiritual que vem de há séculos, senão milénios, envolvendo e entorpecendo a mente da humanidade e, por isso, ainda tão sofredora.

As Forças do Bem que te trouxeram a esta Casa para seres esclarecido vão encaminhar-te ao teu mundo de luz. Aí sim, em plena lucidez, senhor da realidade da vida eterna, vais rever as acções praticadas enquanto encarnado neste mundo e escolher como deverás proceder para corrigir o que fizeste de errado e completar o que ficou por fazer. É essa a verdade quer se queira ou não!

ASTRAL SUPERIOR
JOSÉ CARDOSO PIRES

O tempo passa e cada um, à sua maneira, vai colhendo as lições que a vida lhe proporciona. Aqueles que estudam a Doutrina Racionalista têm bases mais sólidas para saberem como devem encarar a vida que está a decorrer e que se projecta para o futuro.

Gostaríamos hoje de lembrar a todos aqueles que são pais ou que mais tarde virão a sê-lo que prestem atenção à educação que estão dando ou que irão dar aos filhos que vierem a ter. É certo que no passado a educação era diferente da educação dos dias de hoje, mas todos devem ter por princípio uma educação padrão. A todos os filhos devem passar o exemplo da moral, da honestidade, da firmeza de carácter, de todos os atributos que fazem do ser humano, por muito pobre mesmo que seja, materialmente falando, um ser rico, espiritualmente elevado.

É aqui que vos quero alertar para o facto de ser cada vez mais necessário que todo aquele que é chefe de família ou que é cônjuge, transmita aos seus rebentos a educação que teve a felicidade de receber, ou no caso de não ter tido a felicidade de ter recebido uma educação esmerada, a possa proporcionar aos entes que lhe são queridos.

Na altura que o mundo atravessa onde há tantas lutas, lutas muitas vezes por um poder excessivo, por valores materiais que podiam não se desejar em tamanha quantidade, há necessidade de duas coisas que certamente muitos acharão descabido mas podereis estar certos de que são talvez os alicerces para umas vidas mais bem vividas.

Reparai que vos vou falar de dois nomes que se bem estudados no seu pormenor mais ínfimo, podereis encontrar a resposta à vossa própria indagação. Devereis proceder com responsabilidade e, principalmente, com amor e muita diplomacia. Se falamos em diplomacia é porque os tempos vão passando, a era vai sofrendo as suas mudanças e, com o caminhar dos tempos, os seres que vêm ao mundo na sua, talvez, grande maioria virão com novos hábitos, com novas directrizes a seguir em frente para a construção de um novo mundo.

Porém, em cada lar há mais de um grau de evolução espiritual. Os filhos pertencem a mundos diferentes. A maior parte de vós sabe que estou dizendo a verdade, portanto todos aqueles que são pais terão que conhecer os seus filhos, com eles dialogar, e ter a especial atenção de não fazer diferenças entre eles.

Uma das causas da grande diversidade de formas de conduta nos dias de hoje é precisamente a disparidade que há na educação. Se um filho tem mais capacidade do que outro na aprendizagem de letras é porque ele já vem dotado de intelectualidade suficiente para poder se aperceber daquilo que está estudando, mas pode vir um, espiritualmente evoluído, mas que não tenha jeito, não tenha apetência, para um curso superior, porém, embora seja carpinteiro ou tenha qualquer outra profissão, desde que sirva para ganhar o pão de cada dia, para amealhar o que lhe for preciso na velhice, ele pode desenvolver essa profissão e ter moralidade suficiente ou até mais elevada do que aquele que tirou um curso superior.

Mas cabe aos pais, realmente serem muito diplomatas pois terão que chamar à razão os seus filhos e muito subtilmente. A alguns mais sensíveis, chamá-los à razão, explicar-lhes e ouvir deles o que têm a dizer. Haverá momentos para tudo e deverão saber escolher o momento próprio para lhes fazer despertar o sentido pela vida, por aquilo que é bom, por aquilo que é mau.

Não vos esqueceis que ser pai ou mãe é algo muito importante nos dias de hoje, pois, desses jovens depende o amanhã.