Seguia no mesmo comboio uma rapariga jovem com um filho de um ano. De repente meu marido levanta-se para fumar um cigarro, eu fiquei no meu lugar, mas em um instante uma força que me faz levantar para ir para junto de meu marido.
Que vejo eu? Uma rapariga a gritar que tinha o seu filho
preso somente por uma das mãos no comboio em andamento; meu marido e outro
cavalheiro procuravam agarrá-la. Também me agarrei ao meu marido para fazer
corrente e com os meus pensamentos religados à GRANDE LUZ lutamos contra todas
as forças.
A LUZ fez-se sentir e conseguimos arrancar esta mãe e seu
filho duma morte trágica.
Sentaram-se junto de mim, chorou e disse-me que não tinha
dado por nada, contudo a criança mostrava-se calma.
Após estar mais descontraída contou-me que ia para junto de
seu marido!
Retalhos de uma vida - Por Filipa Guimarães
Colaboração Fátima de Almeida