JOAQUIM PEDRO DE OLIVEIRA MARTINS - Agora atuo na Plêiade do Astral Superior

Oliveira Martins é uma das figuras-chave da história portuguesa contemporânea. As suas obras marcaram sucessivas gerações de portugueses, tendo influenciado vários escritores do século XX, como António Sérgio, Eduardo Lourenço ou António Sardinha.

Órfão de pai, teve uma adolescência difícil, não chegando a concluir o curso liceal, que o levaria à Escola Politécnica, para o curso de Engenheiro Militar. 

Esteve empregado no comércio, de 1858 a 1870, mas, nesse ano, devido à falência da empresa onde trabalhava, foi exercer funções de administrador de uma mina na Andaluzia.
Quatro anos depois regressou a Portugal para dirigir a construção da via férrea do Porto à Póvoa de Varzim e a Vila Nova de Famalicão. Em 1880 foi eleito presidente da Sociedade de Geografia Comercial do Porto e, quatro anos depois, director do Museu Industrial e Comercial do Porto. Mais tarde desempenhou as funções de administrador da Régie dos Tabacos, da Companhia de Moçambique, e fez parte da comissão executiva da Exposição Industrial Portuguesa.

Foi deputado em 1883, eleito por Viana do Castelo, e em 1889 pelo círculo do Porto. Em 1892 foi convidado para a pasta da Fazenda, no ministério que se organizou sob a presidência de Dias Ferreira, e em 1893 foi nomeado vice-presidente da Junta do Crédito Público.

Elemento animador da Geração de 70, revelou uma elevada plasticidade às múltiplas correntes de ideias que atravessaram o seu século.

Oliveira Martins colaborou nos principais jornais literários e científicos de Portugal, assim como nos políticos socialistas. Também se encontra colaboração da sua autoria nas revistas: Ribaltas e gambiarras1 (1881), Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (1888-1898) e Gazeta dos Caminhos de Ferro (iniciada em 1899) e ainda na A semana de Lisboa (1893-1895), A Leitura (1894-1896) e na revista Branco e Negro (1896-1898).

A sua vasta obra começou com o romance Febo Moniz, publicado em 1867, e estende-se até à sua morte, em 1894. Na área das ciências sociais escreveu, por exemplo, Elementos de Antropologia, de 1880, Regime das Riquezas, de 1883, e Tábua de Cronologia, de 1884.

Das obras históricas há a destacar História da Civilização Ibérica e História de Portugal, em 1879, O Brasil e as Colónias Portuguesas, de 1880, Os Filhos de D. João I, de 1891, e Portugal Contemporâneo, de 1881. É também necessário destacar a sua obra História da República Romana.

A sua obra suscitou sempre controvérsia e influenciou a vida política portuguesa, mas também historiadores, críticos e literatos do seu tempo e do século XX. Perfilhou várias ideologias contraditórias pois foi anarquista (proudhoniano), republicano, monárquico, liberal, anti-liberal e iberista. 

Defendeu a liberdade política e económica, mas, também a ditadura como a de João Franco. É apontado como um dos introdutores das ideias socialistas em Portugal, mas também como um proto-fascista.

Obras
Febo Moniz
Os Lusíadas - Ensaio sobre Camões, em Relação à Sociedade Portuguesa e ao Movimento da Renascença
A Teoria do Socialismo - Evolução Política e Económica das Sociedades da Europa
História da Civilização Ibérica
História de Portugal
O Brasil e as Colónias Portuguesas
Elementos de Antropologia
Portugal nos Mares: Ensaios de Critica, Historia e Geographia, Lisboa, Bertrand, 1889 (repr. Parceria Antonio Maria Pereira, 1924).
Regime das Riquezas
Tábua de Cronologia
Os Filhos de D. João I
A vida de Nun'Álvares
Portugal contemporâneo

Joaquim Pedro de Oliveira Martins, nasceu em Lisboa, 30 de Abril de 1845 — Lisboa, 24 de Agosto de 1894, trabalhou e viveu intensamente a sua época, atuou como político e cientista social português.

Atualmente como espírito liberto da matéria, atuando na Plêiade do Astral Superior, honra a todos com ensinamentos espiritualistas, provando-nos que devemos viver as duas vidas paralelamente, a material e a espiritual. Vejamos esta doutrinação de gratidão a vida, explanada em nossa Filial Seixal do Racionalismo Cristão.

"Costuma-se dizer que viver não custa, custa é saber viver. De facto, isso é uma realidade. Vem o Racionalismo Cristão alertando, dia após dia, para que as criaturas saibam discernir melhor, estudem, façam por compreender o que lêem, sigam os princípios e a disciplina exarados nos livros do Racionalismo Cristão. Se sempre o dizemos não é por vontade de nos repetirmos mas por necessidade imperiosa de que todos, sem excepção, tomem consciência daquilo que se diz.

Há dias, que entram uns que conhecem a Doutrina, mas há outros dias em que nem todos estão acostumados a ouvir o que se diz nas Casas Racionalistas e nem sequer ainda tiveram possibilidades de acesso às suas leituras. Por isso não nos cansamos nunca de advertir e achamos que ninguém deve levar a mal se tal acontecer.

Há pessoas que acham que a riqueza é tudo. Ora é puro engano. Claro que é bom que todos tenham o suficiente para viver, para poderem até divertir-se um pouco pois é necessário descansar do trabalho do dia a dia, passando férias com a família e, para além disso, ter sempre uma economia que mais tarde pode fazer-vos falta, tanto a vós como àqueles que de vós dependem.

Porém, a riqueza maior é aquela que levais ao desencarnar. É a vossa herança e é o mesmo que dizer, as obras que pudestes desenvolver aquando encarnados no planeta Terra.

É feito um inventário, podemos dizer assim, e vai-se pesando na balança tanto os factores positivos como os factores negativos. Assim se enriquece o vosso acervo espiritual quando o uso do livre arbítrio foi bem feito.
Se assim todos procedessem verificariam, ao desencarnar, como é bom ter cumprido uma trajectória evolutiva fazendo jus ao aprendizado que vos foi possível obter através dessa doutrina benfazeja. Por isso, nunca descureis aquilo que ela diz e procurai ler para vos instruirdes cada vez mais.

Ficai com as minhas irradiações espirituais, com a minha alegria de, pela primeira vez, me ter comunicado convosco e encerrai a sessão em nome do vosso Presidente Astral, António Cottas."